
Cidades Criativas da UNESCO: a escolha de São Paulo como novo membro
São Paulo entra para a Rede de Cidades Criativas da UNESCO
A Rede de Cidades Criativas da UNESCO ganhou um novo membro: São Paulo. Esse reconhecimento global demonstra, de fato, o poder da criatividade e da cultura como motores de desenvolvimento urbano. Para o Brasil, que agora é o 3º país com mais cidades na Rede, isso demonstra o compromisso com o multilateralismo cultural e a força da diplomacia na agenda internacional da cultura. Portanto, entender esse tema é vital para o CACD.
O que é a Rede de Cidades Criativas da UNESCO?
A Rede reúne 408 cidades de mais de 100 países que buscam:
- Promover cultura e criatividade como pilares de desenvolvimento;
- Apostar em um urbanismo centrado em pessoas;
- Valorizar práticas inovadoras.
Aliás, a Comissão Nacional da UNESCO no Brasil liderou o processo de candidatura de São Paulo, com apoio dos ministérios da Cultura, Turismo e Itamaraty. Você pode ver mais sobre a rede diretamente no site da UNESCO.
Por que São Paulo foi escolhida?
A UNESCO selecionou São Paulo no campo do cinema, graças à riqueza de sua produção audiovisual e ao seu ecossistema cultural diverso.
Agora, a capital paulista se junta a outras cidades brasileiras criativas. Veja exemplos:
- Rio de Janeiro (Literatura);
- Salvador (Música);
- Brasília (Design);
- Santos (Cinema);
- … e muitas outras!
Por que isso importa para o CACD?
Entrar para esta Rede significa mais que reconhecimento. Trata-se de gerar impacto social, econômico e urbano por meio da cultura. Além disso, é um investimento na cidade como um espaço vivo de inovação e identidade. Para o CACD, isso se traduz diretamente em temas de soft power, diplomacia cultural e desenvolvimento urbano.
Como o tema é cobrado no CACD?
De fato, o papel das metrópoles, como São Paulo, é um tema recorrente, seja na geografia, economia ou política internacional. Veja exemplos de itens:
[CACD 2009] Ainda hoje, verifica-se a polarização exercida pelas metrópoles Rio de Janeiro e São Paulo, por meio da concentração de indústrias e de serviços.
[CACD 2008] Depois de décadas de concentração econômica na cidade de São Paulo, observa-se um processo inverso, determinado, entre outras causas, pelas chamadas deseconomias de aglomeração.
Como se aprofundar no tema
Nos cursos teóricos do IDEG, você aprofunda o tema das redes urbanas e da diplomacia cultural a partir de diferentes abordagens. Afinal, cada disciplina contribui com uma chave específica de análise:
Geografia – O professor Thiago Rocha aborda este tema pela ótica da Geografia Urbana e Econômica. Ele analisa como a inclusão de São Paulo na rede da UNESCO reforça sua posição na hierarquia urbana, não apenas como um centro financeiro, mas como uma metrópole cultural de projeção global. Nesse sentido, o professor examina as redes globais de cidades, que operam cada vez mais em paralelo aos Estados. Além disso, ele discute como esse selo de ‘cidade criativa’ pode ser usado como um motor para o desenvolvimento local e para a economia criativa, mas também levanta questões sobre se esse desenvolvimento agrava ou atenua as desigualdades regionais e intraurbanas.
Política Internacional – O professor Thomaz Napoleão analisa o caso sob a ótica da Política Externa e das Relações Internacionais. Ele explora como a candidatura de São Paulo, que o Itamaraty apoiou, é um exemplo claro de diplomacia cultural. A partir desse estudo, ele examina como o reconhecimento de cidades em organismos multilaterais como a UNESCO é uma ferramenta estratégica de soft power para o Brasil. Trata-se, portanto, de fortalecer a imagem internacional do país para além da economia, destacando a cultura como um ativo na política externa e reforçando o prestígio diplomático brasileiro.
