Brasil avança na justiça fiscal com nova faixa de isenção do Imposto de Renda

Brasil avança na justiça fiscal com nova faixa de isenção do Imposto de Renda

Brasil avança na justiça fiscal com nova faixa de isenção do Imposto de Renda

O Brasil deu mais um passo rumo à justiça fiscal. Um projeto aprovado na Câmara dos Deputados prevê a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$5.000 por mês, medida que pode beneficiar cerca de 26 milhões de brasileiros a partir de 2026.

O que muda com a nova faixa de isenção

A iniciativa busca alinhar o sistema tributário nacional às tendências internacionais de tributação mais progressiva, ou seja, com maior equilíbrio entre a cobrança sobre diferentes faixas de renda. Com a mudança, 65% dos contribuintes devem ser beneficiados, incluindo também quem ganha até R$ 7.350 mensais, faixa que terá direito a descontos proporcionais.

A nova política segue modelos adotados em países da OCDE, que procuram proteger a base da pirâmide social, garantindo menor carga tributária sobre as rendas mais baixas. O objetivo é aumentar o poder de compra das famílias e reduzir desigualdades, sem comprometer o equilíbrio fiscal.

Imposto mínimo e combate à concentração de renda

Por outro lado, o projeto também cria um “imposto mínimo” para as rendas mais altas. A regra valerá para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, com alíquota de até 10% sobre lucros, dividendos e rendimentos acumulados. O formato é semelhante ao modelo do Global Minimum Tax, defendido pelo G20 e pela OCDE, que busca evitar a evasão e a concentração de riqueza em paraísos fiscais.

Com essa proposta, o Brasil avança na direção de um sistema fiscal mais justo, reduzindo distorções históricas da sua estrutura tributária, equilibrado e alinhado às boas práticas internacionais, além de responder a pressões internas e externas por equidade e transparência. Porém, o que falta para o projeto começar a valer?

    • Ser aprovado no Senado Federal;
    • Ser sancionado pelo presidente;
    • Previsão de entrada em vigor: janeiro de 2026.

Veja como o CACD cobra o tema

[CACD 2003] Em um regime de taxas de câmbio flexíveis, a imposição de restrições ao comércio, tais como quotas às importações ou tarifas, não afeta a renda, porque a apreciação da moeda nacional aumenta as importações, compensando o aumento inicial das exportações líquidas.

[CACD 2003] Contrariamente aos EUA, onde a dificuldade de importar manufaturas criou, desde cedo, a necessidade de fomentar a produção interna, na economia açucareira no Brasil, o fluxo de renda se estabelecia entre a unidade produtiva e o exterior, restringindo o crescimento do setor industrial.

Por que estudar a justiça fiscal com profundidade para o CACD?

O tema da justiça fiscal e da progressividade tributária está diretamente ligado a debates de política econômica, desenvolvimento e equidade social. Esses assuntos aparecem como frequência nas provas do CACD — especialmente em Economia e Política Internacional. Dominar o tema permite compreender como o Brasil se insere nas tendências globais de tributação justa. Além disso, permite entender como essas políticas influenciam o crescimento, a redistribuição de renda e as relações econômicas internacionais.

Como se aprofundar no tema:

Nos Cursos Teóricos do IDEG, você aprofunda o tema da justiça fiscal a partir de diferentes abordagens. Cada disciplina contribui com uma chave específica de análise:

  • Economia: O professor Marcello Bolzan explica a evolução do sistema tributário brasileiro e analisa como as políticas efiscais, a desigualdade social e os mecanismos de redistribuição de renda se relacionam. Além disso, ele mostra como as mudanças na tributação afetam o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população.
  • Política Internacional: O professor Thomaz Napoleão analisa como diferentes países estruturam seus sistemas tributários em contextos geopolíticos distintos. Ademais, ele destaca as pressões internacionais sobre justiça fiscal, abordando a cooperação tributária global e as reformas propostas por organismos internacionais.