Cópia de mais uma

Desde 1918, quando a primeira diplomata mulher entrou para o Itamaraty, apenas aumentou o número de candidatas acalentando este sonho. São mulheres, profissionais, estudantes, trabalhadoras, filhas e mães que levam a sua vontade de ser diplomata junto a todas as demais atividades que lhes são impostas pela sociedade. 

Hoje, menos de 25% do corpo diplomático do Brasil – um país em que as mulheres correspondem a 52,2% da população – são mulheres. Hoje, a maior parte dos inscritos no CACD são mulheres, mas, na prática, menos de 50% dos empossados anualmente são mulheres. Quando realizamos um recorte socioeconômico, o número é ainda mais preocupante.

São muitas as análises da ONU que apontam que a participação de mulheres nas negociações de paz são fundamentais para uma paz mais duradoura e voltada para a construção de uma paz que gere efeitos benéficos para a população. São muitas as mulheres que vêm abrindo portas e construindo pontes para que as que hoje estudantes possam adentrar ao Palácio do Itamaraty e continuar fortalecendo essa presença feminina.

O que o programa #maisumAdiplomata oferece?

  • Reuniões mensais, com até 1h de duração, com os seguintes temas:
    • Boas-vindas e funcionamento do projeto;
    • Técnicas de estudo e planejamento financeiro para o CACD;
    • Saúde mental e CACD;
    • Conversa com diplomatas (mulheres diplomatas).
  • E mais:
    • Nosso projeto terá duração de quatro meses.
    • Grupos limitados de 20 a 25 cacdistas.
    • Grupo de WhatsApp, com liberação semanal de conteúdos gratuitos.
    • Seleção por meio de formulário, a partir de critérios como renda, tempo de estudo e grupo social.
    • Descontos especiais em nossos cursos.

Com a palavra: quem tem lugar de fala!

A diplomacia é tradicionalmente dominada por homens, brancos e de classe média-alta. As mulheres que pretendem ingressar na carreira diplomática se deparam com barreiras sociais, econômicas, e até morais.

Sociais porque muitas carreiras ainda são de difícil acesso para as mulheres por serem consideradas “dos homens”, em especial as funções de governança e liderança, principalmente no serviço público. Econômicas porque em uma sociedade na qual a concentração de renda é alta, na qual os principais cargos, e portanto os maiores salários, são reservados aos homens, e os salários pagos as mulheres são comprovadamente menores, as mulheres são as mais afetadas. E por fim, morais porque aos homens é geralmente reservado o espaço de “estudar”, e de se “dedicarem” à carreira, muitas vezes por longos anos sem nenhum tipo de cobrança externas. Às mulheres, em sua maioria, são direcionadas as cobranças em relação à família, filhos, casa e vida social.

Eu recebo diariamente contato de mulheres que solicitam ajuda para continuarem a estudar para o CACD. Ajuda para organizar o planejamento de estudos; em relação aos cursos a fazerem; ajuda em relação a questões pessoais como por exemplo como lidar como por exemplo como conciliar o CACD e os filhos; ajuda para lidar com os imprevistos financeiros diversos; dentre muitas outras demandas.

Foi a partir da demanda destas mulheres que resolvemos oficializar a ajuda, que já fornecemos às candidatas que nos procuram, para outras que tenham interesse possam também nos procurar.

Mariana Jardim

Quero participar do #MaisUmaDiplomata

As inscrições para o programa #maisUmaDiplomata já se esgotaram.

Tivemos uma demanda maior do que a esperada, mas fique tranquila que, assim que tivermos mais vagas disponíveis, avisaremos.